Sonhei que era uma destas focas. Dá para acreditar?
Eu, como foca, começo a arrastar-me pelo chão em direcção à única saída da sala sem porta: 4 quadrados de cores diferentes. Todos os quadrados têm cores diferentes e todos parecem conter líquido (foca-líquido, estão a ver?). Mas durante os 2 segundos que eu tive para pensar para qual saltava, pensei. Um era vermelho...podia ser lava! Foge! Outros dois estavam ou todos verdes ou em parte verdes; pareciam estar cheios daquelas plantas aquáticas viscosas! Então, saltei para o único que era diferente: um azul-escuro que parecia ter muita água lá dentro. Mas não foi um salto simples: o meu cérebro congelou a imagem da foca do livro que eu tinha visto e fê-la dar um grande salto com cambalhota para trás e cair na água completamente estática! Eu pensava que me tinha livrado dos mostrengos, mas cair à água só me levou para uma espécie de jogo em que eu era novamente eu. E tinha de ir buscar a minha mãe a um terreno inclinado que ficava ao pé de um parque infantil. Fácil? Nem pensem! Acontece que, quando eu punha um pé nesse terreno inclinado, havia uma inversão de gravidade fortíssima que me atirava ao chão com toda a força! Eu percebi logo que aquilo podia demorar um bocado...
Quando finalmente acabei o tal "jogo", o meu cérebro decidiu repetir-se! Voltou a pôr-me na pele da foca do Lago Baical e os mostrengos a perseguir-me. E eu a fugir, e a saltar para o mesmo quadrado. Aquilo já começava a ter algumas semelhanças com algumas peças de Eugène Ionesco: situações absurdas e hilariantes e...repetição. Sim, algumas peças repetiam falas já proferidas ou situações já passadas. Mas vamos em frente...quando saltei outra vez para o tal quadrado, fui para uma espécie de nível 2 do jogo do parque infantil. Só que este era muito mais sinistro! O parque estava a ser castigado por um tremendo dilúvio e estava tudo inundado! Só a minha mãe, lá em cima do terreno inclinado, se mantinha em terra firme. E eu só tinha um escadote para me manter à superfície. Não sei se os escadotes flutuam, mas enfim; era um sonho! Aquilo já era absurdo - e difícil - que chegue, e eis que aquele que parecia ser um amigo da escola primária aparece no escadote. E ficámos os dois a atropelar-nos na tentativa de não cairmos à agua. É que só uma pequena parte do escadote estava acima do nível da água. Tive até impressão que me empurrou para baixo e ainda caí à agua, apesar de me ter conseguido agarrar ao escadote...
Mal comparado...foi mais ou menos com esta situação que eu me deparei.
Não sei se o sonho terminou precisamente aí, mas creio que não voltei a ser foca nem a ter de jogar um jogo perigoso. De qualquer maneira, o sonho foi inesquecível de tão maluco que foi! Na altura, eu dava nomes aos meus sonhos. Quando acordei, resolvi chamar a este "Sonho Bué'd Estranho". Pudera...
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