quarta-feira, 26 de junho de 2013

Pi, a hiena e a Atlântida

Esta é uma das poucas brincadeiras que aqui vou postar que aconteceu mais recentemente. Há coisa de uns meses, tive a oportunidade de brincar com uma criança de cerca de 7 anos. Ela sabia que eu tinha visto o filme "A Vida de Pi", por isso perguntou-me se eu lhe podia emprestar os meus brinquedos de animais para brincarmos ao filme "A Vida de Pi". Com efeito, no tempo das vacas gordas, eu tinha comprado vários packs de bonecos de animais. E guardei-os. Tenho dezenas de insectos, vários tubarões, morsas, rinocerontes, morcegos, cobras...tantos! E quando vi que a criança tinha um boneco de um homem com a pele mais escura e o cabelo comprido, percebi que já tínhamos um boneco para fazer de Piscine - o verdadeiro nome de Pi. Lembram-se do filme? Só nos faltava o meu gorila (para ser o orangotango), a minha zebra, o meu tigre e a hiena de brincar que a criança tinha. Quando trouxe, então, os meus animais, estava tudo pronto para reproduzirmos "A Vida de Pi"! Usámos um tupperware como barco e pusemos os bonecos no tupperware. Eu só me tinha esquecido de uma coisa: que estava a brincar com uma criança com uma grande imaginação!


Um dos vários trailers de "A Vida de Pi".
Para, para, paradise...


De facto, ela tinha-me pedido para eu imitar ali "A Vida de Pi", mas suponho que ver tantos bonecos de animais lhe despertou a criatividade. Resultado? Bem, primeiro ela quis pôr os bonecos todos no "barco". Eu disse: "Mas n' A Vida de Pi eram só a hiena, o orangotango, a zebra e o tigre!" Mas ela não fez caso; preferiu brincar com todos! Lá continuámos a brincadeira...com dificuldade. O momento mais engraçado da brincadeira foi quando eu tentei pôr a hiena a fazer o que tinha de fazer (atacar a zebra, por exemplo), a criança decidiu mudar a história outra vez! Pegou na hiena, disse que ela fugiu para o mar (que era o chão) e pô-la a mergulhar no mar! Eu disse: "Eh lá, essa hiena ainda fica sem ar!" e ela respondeu: "Mas ela tem um fato de mergulhador!". Engraçado, não é? Mas não se ficou por aí; a criança levou a hiena tão para o "fundo do mar" (ou seja, andou com ela tanto no chão) que, segundo a sua narração, chegou a um lugar onde descobriu...a cidade perdida da Atlântida!!!


Eu? Descobrir a Atlântida?! HAHAHA!


Já não me lembro bem de como a brincadeira acabou (acho que a hiena, com o fato de mergulhador que a criança lhe tinha inventado, convidou os restantes animais a virem para a Atlântida), mas o facto de partirmos de uma premissa tão fechada como um argumento já escrito - o de "A Vida de Pi" - e depois trollarmos tanto a partir daí fez desta uma das brincadeiras mais absurdas que já brinquei!

terça-feira, 25 de junho de 2013

Bom tempo, mau tempo, bom tempo...

Esta brincadeira era tão simples que até custa a crer que nos divertíssemos a brincá-la. Mas, de facto, era assim. Durava, no máximo, um minuto. Era basicamente assim: uma ou mais pessoas posicionavam-se debaixo de um dos cobertos do recreio e esperavam o momento certo para sair de lá. Quando saíam, fingiam brincar; cantavam, saltavam, dançavam e por aí adiante. De repente, uma das pessoas (geralmente, era um rapaz) imitava o som de um trovão e todos fingiam assustar-se: a ideia era que ia chover! Então, todos os jogadores fugiam para debaixo do coberto e esperavam que a "chuva" passasse. E quando a chuva passava? Faziam tudo outra vez! Outra vez brincar lá fora, outra vez imitar um trovão, outra vez fugir para não apanhar "chuva", outra vez voltar quando a chuva parava! E isto podia durar uma meia hora! Coitadas das funcionárias; suponho que era um bocado chato estar a ouvir-nos fazer sempre-a-mesma-coisa, sempre-a-mesma-coisa...

terça-feira, 11 de junho de 2013

"Bóia bóia binha"

Por muitas cantigas de roda engraçadinhas que existissem durante a minha infância, a favorita de todo um grupo de pessoas que incluía a minha vizinha era o terno "Bóia bóia binha". Esta era copiada, quase ipsis verbis, de um sketche da boa e velha Rua Sésamo. Nesse sketche (que lamento não vos poder mostrar; não encontrei imagens nem vídeos dele), um grupo de personagens coloridas criadas num lindo 2D dava as mãos e andava à roda, cantando uma música muito engraçada. Essa música começava com o que nós ouvíamos como sendo "Bóia bóia binha". Em retrospectiva e após a revisão desse épico sketche, creio que afinal o que eles cantavam era "Bóia boiazinha". Mas nunca se sabe, não é? Bem...a música era mais ou menos assim: "Bóia boiazinha / Que faz assim, assim / Ora agora o [...] / Que faz assim, assim". No lugar do "[...]", ouvia-se uma profissão. As profissões eram costureira, sapateiro, brunideira e maestro. E de cada vez que cantavam uma profissão, as personagens imitavam-na com gestos! Exemplos: imitavam o sapateiro batendo na sola de um sapato e a brunideira esticando a roupa, passando-lhe a mão e tentando alisá-la. Esta cantiga de roda, se me permitem a expressão, era uma fofura.



Desenho tosco de uma das meninas da roda "Bóia bóia binha".
Sim, ela usava óculos escuros...


Nós, como crianças "imitadoras" que éramos, preferíamos a cantiga de roda "Bóia bóia binha" (juro-vos que nos soava assim!) a todas as outras quando nos queríamos divertir. É, por muito programa de televisão que fosse, a Rua Sésamo também nos sabia pôr a mexer; afinal, quem não se lembra do "Vai ginasticar"? Uma delícia. Mas já me estou a perder...adiante. Nós reuníamo-nos, então, dávamos as mãos e cantávamos "Bóia bóia binha / Que faz assim, assim / Ora agora o [...] / Que faz assim, assim". E gostávamos de imitar as profissões. Mas...mas...a nossa parte favorita da brincadeira nem era essa! A nossa parte favorita era imitar a parte só instrumental da música. Como estou a escrever, é impossível descrever essa parte instrumental, mas digamos que era uma espécie de "tum-DE-dum". E porque é que gostávamos de imitar essa parte? Porque era a parte em que as personagens paravam de rodar, apertavam mais as mãos e saltavam todos juntos! E saltar enquanto imitávamos o instrumental era uma delícia. Portanto, lá passávamos uma boa tarde a cantar "Bóia bóia binha" e a rir enquanto saltávamos e nos armávamos em instrumentos.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

A Bruxa que cantava "Lhulhu"

Este era um dos jogos mais teatrais que eu jogava (sim, era mais eu). Eu tinha uma colega que gostava de me ver a jogar porque se ria muito ao ver a minha figura. O que eu fazia era, basicamente, imitar uma bruxa que tinha visto na televisão. Essa bruxa metia coisas no seu caldeirão de bruxa enquanto cantarolava o que lá punha. Mais tarde, o Bugs Bunny aparecia - aquela cena fazia parte de um episódio do Bugs Bunny, mas isso é outra história. Então, eu imitava a bruxa. Como não havia muitos elementos esquisitos no recreio, o máximo que uma pessoa podia fazer para imitar uma bruxa era pegar em areia e fingir que era uma poção e em folhas e fingir que eram plantas especiais de corrida. Era o que eu fazia. Arranjava folhas, areia e um espacinho para ser o meu caldeirão. E punha-me a imitar a bruxa. Ora, acontece que a bruxa cantarolava em inglês! E eu não percebia patavina do que ela dizia. Só percebia o que ouvia. O que ela cantarolava era: "A cup of arsenic, a spider, some glue..." e por aí adiante. Claro que eu não percebia nada disso; na parte da "glue" (cola) é que eu ouvia "lhulhu". E era isso que eu cantava: lhulhu!


Mais uma vez, a versão original da cena.
A cantoria dela começa sensivelmente aos 0:47.


Então, como eu não percebia nada e só achava que percebia o "lhulhu", eu cantava uma coisa como "Ada Padapa Lhulhu". Parece mesmo estranho, não é? Ali ficava eu, durante um bom tempo, a pousar umas folhas, a deitar areia em cima delas e a cantar "Ada Padapa Lhulhu". E tanto eu como a minha colega nos começávamos a rir na mesma parte. A parte do "lhulhu", pois então! Era uma palavra muito engraçada. Tanto, que inicialmente eu jogava isto sozinho, mas quando a minha colega me ouviu a cantar, riu-se e perguntou-me o que eu estava a fazer. Expliquei-lhe e repeti a imitação da bruxa. Ela voltou a rir-se e eu ri também. Mas ela só me imitou, acho, uma vez. Das outras vezes, preferiu ver-me a imitar a bruxa. E eu imitava-a vezes sem conta e ambos ríamos vezes sem conta quando eu cantava "lhulhu".

Foca, mostrengos e o parque inundado

Por incrível que pareça (não há nada que não nos aconteça...:D), estas 3 coisas fazem todas parte da mesma coisa: um sonho! Um sonho de criança que eu tive. De todos os sonhos que eu tive, este provavelmente foi o mais absurdo de sempre. Sem exageros. A começar pelo seguinte: no sonho, eu não era bem eu; era uma foca do Lago Baical! Já sonharam que eram animais? Pois eu sonhei não só que era uma foca, mas uma foca do Lago Baical! As coisas que o meu cérebro ia buscar...eu tinha visto uma dessas focas algumas vezes num livro com imagens de animais. E, vá-se lá saber porquê, sonhei que era uma. Mas não fica por aí; vejam lá, a foca do Lago Baical que era eu estava numa sala estranha. Não era quadrada nem rectangular, mas em forma de trapézio. E qual não é o meu espanto quando aparecem 3 ou 4 mostrengos verdes com mocas que parece que me querem fazer mal!


Sonhei que era uma destas focas. Dá para acreditar?


Eu, como foca, começo a arrastar-me pelo chão em direcção à única saída da sala sem porta: 4 quadrados de cores diferentes. Todos os quadrados têm cores diferentes e todos parecem conter líquido (foca-líquido, estão a ver?). Mas durante os 2 segundos que eu tive para pensar para qual saltava, pensei. Um era vermelho...podia ser lava! Foge! Outros dois estavam ou todos verdes ou em parte verdes; pareciam estar cheios daquelas plantas aquáticas viscosas! Então, saltei para o único que era diferente: um azul-escuro que parecia ter muita água lá dentro. Mas não foi um salto simples: o meu cérebro congelou a imagem da foca do livro que eu tinha visto e fê-la dar um grande salto com cambalhota para trás e cair na água completamente estática! Eu pensava que me tinha livrado dos mostrengos, mas cair à água só me levou para uma espécie de jogo em que eu era  novamente eu. E tinha de ir buscar a minha mãe a um terreno inclinado que ficava ao pé de um parque infantil. Fácil? Nem pensem! Acontece que, quando eu punha um pé nesse terreno inclinado, havia uma inversão de gravidade fortíssima que me atirava ao chão com toda a força! Eu percebi logo que aquilo podia demorar um bocado...

Quando finalmente acabei o tal "jogo", o meu cérebro decidiu repetir-se! Voltou a pôr-me na pele da foca do Lago Baical e os mostrengos a perseguir-me. E eu a fugir, e a saltar para o mesmo quadrado. Aquilo já começava a ter algumas semelhanças com algumas peças de Eugène Ionesco: situações absurdas e hilariantes e...repetição. Sim, algumas peças repetiam falas já proferidas ou situações já passadas. Mas vamos em frente...quando saltei outra vez para o tal quadrado, fui para uma espécie de nível 2 do jogo do parque infantil. Só que este era muito mais sinistro! O parque estava a ser castigado por um tremendo dilúvio e estava tudo inundado! Só a minha mãe, lá em cima do terreno inclinado, se mantinha em terra firme. E eu só tinha um escadote para me manter à superfície. Não sei se os escadotes flutuam, mas enfim; era um sonho! Aquilo já era absurdo - e difícil - que chegue, e eis que aquele que parecia ser um amigo da escola primária aparece no escadote. E ficámos os dois a atropelar-nos na tentativa de não cairmos à agua. É que só uma pequena parte do escadote estava acima do nível da água. Tive até impressão que me empurrou para baixo e ainda caí à agua, apesar de me ter conseguido agarrar ao escadote...


Mal comparado...foi mais ou menos com esta situação que eu me deparei.


Não sei se o sonho terminou precisamente aí, mas creio que não voltei a ser foca nem a ter de jogar um jogo perigoso. De qualquer maneira, o sonho foi inesquecível de tão maluco que foi! Na altura, eu dava nomes aos meus sonhos. Quando acordei, resolvi chamar a este "Sonho Bué'd Estranho". Pudera...

sábado, 1 de junho de 2013

Pintainhos e o mapa de instruções

O meu cérebro sonhador (ainda hoje tenho muitos sonhos lúcidos e de que me lembro bem quando acordo; posso dizer que me divirto quando estou a dormir!) trouxe-me, em criança, um dos sonhos mais engraçados, inocentes e sem lógica que já tive. Ele era todo muito simples: basicamente, aparecia lá o sr. Almiro da Rua Sésamo com uma espécie de galinha de estimação. Esta galinha tinha pintainhos e falava, vejam só! E o meu cérebro não fez a coisa por menos: o que eu "vi" no sonho foi realmente a imagem do sr. Almiro que o actor António Anjos, paz à sua alma, nos trouxe. E com a voz dele! O meu cérebro reproduziu a voz dele muito bem; ouvia claramente o seu timbre a dizer palavras que eu nunca lhe tinha ouvido a dizer. E a galinha tinha uma voz mais abonecada, típica das galinhas dos desenhos animados.


Vêem o senhor com ar simpático à esquerda do Poupas (o pássaro alto)?
O sr. Almiro!


Mas ainda não cheguei à parte mais engraçada. Ora, o sr. Almiro, pelos vistos, estava a pedir aos seus animais de estimação para procurarem certas letras em grandes papéis com palavras. Eles acabavam de descobri-las e ele dizia algo do género: "Muito bem! Então agora procurem a letra...A!". A galinha entrava em alvoroço e apressava-se a procurar num papel grande, dizendo: "A letra A...". Depois de procurar um pouco, a galinha virava-se para trás e perguntava aos pintainhos, que olhavam para outro papel enorme: "Que é que vêem aí, meus queridos?". Eles respondiam com uma espécie de "piu-piu" difícil de compreender. O sr. Almiro vinha então perguntar-lhes o que eles tinham visto e, finalmente, via-se o papel visto de cima. Os pintainhos estavam a olhar para um desenho muito bem feito de...patos! Patos amarelos num lago! E o lago via-se bem. Mas os pintainhos, pelos vistos, queriam dizer que estavam a ver pintainhos! Como podiam eles ver pintainhos num desenho de patos?! Vá-se lá perceber estes sonhos malucos...enfim. Os pintainhos respondiam ao sr. Almiro ("piu-piu") e ele percebia a resposta deles: que estavam a ver pintainhos no desenho.

AGORA!
OUÇAM ESTA QUE É MUITO BOA:

Numa lógica hilariante comum nos sonhos, o sr. Almiro dizia o seguinte: "Ah, estão a ver aí pintainhos? Então eu vou ler o mapa de instruções!"


XDDDDDD!


Como se isto já não tivesse piada que chegue, o meu cérebro ainda fez o pobre sr. Almiro escorregar numa casca de banana assim que disse isto! E ele desequilibrava-se e caía numa posição quase estática, com as mãos viradas para cima. E caía em cima de três livros grandes! Sabem, aqueles livros mais altos que uma criança e de que as crianças geralmente gostavam por serem tão grandes. Ainda cheguei a ter uns livros desses, com títulos como "O Grande Livro dos Dinossauros". Só um exemplo. Mas enfim...o sr. Almiro caía em cima deles e soltava um hilariante "Au!". Mas recuperou depressa; pegou em cada um dos livros de cada vez e de cada vez que pegava num, dizia: "Este é o mapa de instruções? Não!". E de cada vez que dizia "Não!", atirava o livro para o lado, que caía com um som estrondoso! Já agora...porque é que um livro grande seria um mapa de instruções? E o que é um mapa de instruções? Conheço folhetos com instruções e papéis com instruções...mas mapas?

Ainda me rio muito quando recordo este sonho. Em especial, a frase do sr. Almiro sobre o mapa...

Está a ver ali aquela portinha?!

Muitos de nós viam o programa Batatoon. A bem dizer, alguns de nós só queriam saber dos desenhos animados. Não obstante, o programa ainda trouxe vários momentos divertidos à nossa infância. Um deles era a cena clássica do programa. Suponho que quem viu sabe do que eu estou a falar: o palhaço Companhia costumava vir, nas suas palavras, "atrapalhar" o programa do palhaço Batatinha. E vê-los a discutir era um gozo. Mas o melhor era quando o Batatinha achava que já chegava de Companhia, decidia expulsá-lo de uma forma que as crianças adoravam! O diálogo (e movimento) entre eles era, quase ipsis verbis, assim:

Batatinha: Ó Companhia...
Companhia: Hã?
B: Companhia!
C: Hã?
B: Companhia!
C: Hã?
B: (apontando para trás de Companhia) Por acaso está a ver ali aquela portinha?!
C: (virando-se para trás) Haa...aquela?
(Batatinha dá um tremendo pontapé no rabo de Companhia)
C: AAAAAAAAAHHH!



Os nossos amigos Batatinha e Companhia.


Nada mais simples; um palhaço dava um pontapé no rabo de outro e nós divertíamo-nos à grande! Era uma cena repetida várias vezes no Batatoon. E nós gostávamos tanto daquilo que, por vezes, decidíamos jogar esse "jogo". Como crianças que éramos, gostávamos de imitar e de repetir. Então, uma pessoa que quisesse jogar chamava um amigo para se revezarem a ser o Batatinha e o Companhia, a ter a conversa e a dar um pontapé no rabo do outro. É, não era um jogo que desse para jogar sozinho; precisávamos de companhia (perceberam?! Hã? Hã?). Piadas à parte, alguns de nós escolhiam a rede metálica mas flexível que separava a escola da rua para chocar contra. Regra geral, a rede "enxotáva-nos" de volta. E nós ficávamos um bom tempo a fazer de Batatinha e Companhia. Tanto...que a rede metálica acabaria por não aguentar! É, ela já tinha uma falha em baixo (estava dobrada para fora, se bem me lembro) e quanto mais nos atirávamos contra ela, mais ela fraquejava. Naturalmente. Pois a vítima...fui eu! É verdade: quando estava tranquilamente a jogar com um amigo meu, atirei-me contra a rede...fechei os olhos para me divertir mais...senti que estava a avançar demais...deixei de sentir a rede a opor-se ao meu movimento...e quando dei por mim, estava a cair a pequena altura do estrado que, juntamente com a rede, separava a escola da rua. E caí de cabeça.

Pois é...estas brincadeiras inocentes podiam tornar-se perigosas...