segunda-feira, 1 de julho de 2013

A árvore dos titãs

Uma simples mas enorme árvore era uma das vítimas das nossas brincadeiras de criança. E digo "vítima" porque ela era mesmo uma vítima; tinha de levar com pedras e paus! Tudo isto porque o nosso jogo que não tinha nome (mais tarde, dei-lhe o nome "A árvore dos titãs") consistia em imaginar que os famosos titãs estavam escondidos na árvore e...atacá-los! E, em tom de brincadeira, era como na Idade Média; apedrejar e dar paulada! Só não tínhamos forquilhas, hehe...mas quem eram este titãs? Eram ninguém mais, ninguém menos do que os famosos titãs do filme "Hércules", da Disney! Já se sabe como é: as referências da pequenada, na sua maioria, eram televisivas!

Reconhecem-nos? Pois é; estes eram os nossos inimigos!


Nós tratávamos esses titãs por "diféres", porque lembrávamo-nos de quando o Hermes do filme dizia "Os titãs escaparam e estão quase a chegar ao portão!!!". E nós não percebíamos a palavra "titãs". O grande Carlos Freixo fez um bom trabalho como Hermes, é certo, mas os nossos ouvidos de criança não ouviam "titãs"; ouviam "diféres". E nós tentávamos derrotá-los atirando-lhes pedras e paus. E o "difér" mais difícil de todos era o difér tornado. Porquê? Porque, na nossa brincadeira, diferentes diféres estavam supostamente escondidos em diferentes partes da árvore. Logo por azar, o tornado estava na parte mais alta daquela árvore enorme! E nós, pequeninos que éramos, tínhamos de dar cabo do braço para conseguir acertar com uma pedra na parte de cima da árvore! Pois é...o difér de pedra era canja (escondia-se na parte mais baixa da árvore), mas o de lava e o tornado eram mesmo difíceis de agredir...

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